Sabes quando ficas sem fôlego? Quando parece que nada mais existe à tua volta e que todos os teus sentimentos estão tão perto do coração como estão da boca e não consegues respirar? Sentes o mundo a andar à roda e, de repente, todo o teu corpo está gelado, os teus lábios ficam secos e as tuas pernas estremecem. É isso que o amor nos faz. Deixa-nos sem reacção, sem vontade de dormir para poder sorrir toda a noite, poder imaginar mil e uma histórias e ser felizes 24 horas por dia. O amor é assim. Forte, inesperado, incontrolável e indescritível. E sempre que o teu beijo me deixar sem ar, vou saber que te amo. Vou abraçar-te com todas as minhas forças e fazer-te sorrir todos os dias. Também é isso que fazemos quando o amor nos bate à porta. Tratamos dele como achamos que ninguém seria capaz e juramos ficar com ele para sempre.
Na verdade, o amor nem sempre nos traz paz. Por vezes amar é também sentirmo-nos confusos, perdidos, desnorteados. Sentirmos o tormento que aquela pessoa nos provoca, o friozinho na barriga, o batimento incontrolável do coração. Chorar sem motivo e fechar os olhos com medo de perder o que até hoje foi nosso. Nunca ninguém disse que amar é fácil, que sentir a paixão consumir-nos os dias e tirar-nos o sono era algo simples. Mas tudo isso é recompensado. Tudo isso vale a pena e não custa nem por um segundo. Quando sentimos o cheiro da pessoa que amamos, o toque da sua pele, os lábios quentes e o sorriso rasgado, o amor parecer fácil. A vida não nos pesa e olhamos para tudo com olhos de quem é feliz com pouco. Lidamos com as pessoas com um olhar despreocupado e um sorriso do tamanho o mundo. Porque é isso que o amor nos faz. Torna-nos maiores, mais fortes, felizes e completos. Nunca nos abandona e todos os dias nos relembra como é bom viver, cada segundo, ao lado da pessoa a quem pertence o nosso coração.
Trocaste-me as voltas. Escondeste-te por detrás dessa aparente frieza, desse olhar tão meigo e esse corpo gélido. Parece que o amor sempre te passou ao lado, parece que nunca foste capaz de mostrar o que sentes, de dizer o que o teu coração pensa. Mas eu sei que não é assim. Quando me olhas, o mundo pára, os teus olhos brilham e o meu coração sorri. Fazes-me sentir em casa. És como uma boa surpresa, uma luz na noite escura, um bater de coração. Tenho um nó na garganta, uma dor no peito. Fazes-me falta, sempre fizeste. Nunca serei capaz de esconder o meu sorriso quando te vejo, a vontade de gritar o teu nome, o perigo de saltar para os teus braços e prometer-te ficar assim para sempre. És mais do que um simples acaso do destino, uma traição da rotina, um desacordo de tempo. És aquilo a que chamo de felicidade verdadeira, nunca fingida, tímida mas sempre sincera. És uma daquelas histórias com finais felizes.
Quero fazer com que este sentimento dure para sempre. Quero prolongá-lo, quero senti-lo todos os dias ao teu lado. Quero poder dizer-te o que significas para mim. Quero poder abraçar-te, sentir-te, amar-te como tu sabes que só eu sei. Todos os dias espero por ouvir a tua voz, pelo friozinho que me provocas na barriga, pelo sorriso que esboço por saber que estás a lutar por nós. Não quero esperar, não quero ver-te partir, não quero as memórias do passado no presente em que vivemos. Não quero perder-te para o vazio do mundo. Quero ter-te tão perto que doa, pois nunca será maior do que a dor de te ter tão longe de mim. Mas a tristeza nunca será maior do que a saudade, a ausência nunca será mais poderosa do que o amor que sentimos. Nunca o adeus será para sempre nem nenhum sorriso será o último. Estarei sempre à tua espera em cada regresso a casa.
Até já ♥
Não sei como sobrevivo à distância, ao medo da derrota. Não sei como supero as despedidas, como convivo com a ausência do corpo, o vazio do silêncio. Estás a cumprir o teu sonho, a seguir o teu caminho, sempre com a alma aí e o coração cá. Sempre de cabeça erguida mas uma lágrima de saudade, escondida debaixo desse uniforme, por detrás desse sonho que nunca nos separou. É bom saber que somos fortes, dois corações felizes e realizados. Sentimos raiva, saudade, desespero mas nunca tristeza, só amor e desejo. Nunca nos sentimos longe e nunca nos sentimos sós. Somos e sempre seremos unidos por um passado tão presente, por uma escolha que fez de nós aquilo que somos hoje.
É preciso recomeçar. Sem angústia, sem pressas, sem tempo. Sem mágoas e sem ressentimentos. Sem dúvidas e sem lembranças do passado. A saudade não passa, aproxima-se, cresce e consome-nos. Afasta-nos e magoa-nos. É dura, nunca doce. Sempre dolorosa e mascarada, disfarçada com um sorriso e uma certa distância. Mantem-nos longe, tão perto, sem nunca nos vermos. A realidade nunca correspondeu à nossa fantasia. Errámos e nunca consertámos as memórias inúteis que temos de um relacionamento antigo e falhado. Deixamo-nos levar pela indecisão e pelo medo. Nunca percebi que eras o lado bom da minha vida.
És o meu fantasma do passado, as lágrimas nos meus olhos, o silêncio nos meus lábios. Hoje conheço o significado do arrependimento, da dor forte que não mata mas mói. Uma dor que se esconde mas nunca desaparece. É como uma doença, um sofrimento irremediável e permanente. Queria ser como tu, feliz e preenchido. Queria saber amar, saber o que é sentir aquilo que tu sentes. Nunca quis deixar de ser parte de ti, umas horas na tua rotina, uma memória no teu coração. Hoje sou passado, no presente nunca farei parte do futuro. Sou uma história mal resolvida, um pedaço de mau caminho porque no fundo, nunca te mereci.
O tempo não nos acomoda. Não nos faz gostar daquilo que já é nosso, não nos faz esquecer aquilo que já foi um dia. O tempo esconde-se atrás de grandes mágoas e pequenos erros, não passa depressa nem rompe silêncios. Ele não nos ajuda a mudar o destino, a construir caminhos ou a quebrar rotinas. O tempo leva-nos para onde ele quer e traz com ele momentos passados e pouca esperança no futuro. Culpa e mágoa, dor e arrependimento. Hoje, porque já passou muito tempo por mim, vejo que continuo com as mesmas feridas, a mesma rotina e o mesmo sonho. Continuo de mãos atadas pelo tempo. Uma cobardia que ele não levou. O tempo não é nosso amigo se não fizermos nada por nós próprios. Se não agirmos por nós, o tempo cava-nos um buraco bem fundo onde iremos viver para sempre com os nossos erros. Onde iremos respirar o ar poluído dos nossos próprios sonhos perdidos, dos nossos sorrisos enfraquecidos. Um lugar onde só há espaço para nós. Onde iremos morrer com a culpa de ter medo ou com medo de sentir culpa, de mãos amarradas e pé atados, com o coração fraco. Nessa altura o nosso tempo já passou. A vida corre e não espera. Passa sempre com esperança que corras atrás dela.
É um defeito do ser humano, duvidar de tudo o que é perfeito. Querermos sempre mais e melhor e quando temos tudo num segundo - o amor, a vontade, o desejo, a felicidade e o coração preenchido - parece-nos mentira. Duvidamos de nós mesmos, suspeitamos dos outros e queremos mais. Queremos provas de que tudo isto existe e queremos o nosso “para sempre”. Queremos isolar-nos do mundo, só tu e eu, e saber que ninguém pode tirar o que é nosso. Mas a verdade é que sempre sobrevivemos, todo este tempo, com tudo o que de melhor existe. Um mundo cheio de sorrisos, paixão e emoção, mãos dadas e amor verdadeiro. Nunca precisamos de fugir, só tu e eu, para sermos só nós. Temos boas memórias, muita confiança e esperança naquilo que somos e seremos sempre. Um amor que já era amor antes de ser, uma relação que nasceu antes de começar e um coração que já era teu antes de o conquistares. Nunca seremos nós um sem o outro, nunca iremos escolher caminhos separados e talvez nunca iremos ver um fim. Porque um amor não é para recordar, é para viver. Porque a nossa casa é onde nos compreendem mesmo quando nós não nos conseguimos perceber ♥
O amor exige mais do que vontade, muito mais do que coragem, bem mais do que simples desejo. Tudo se resume ao esforço, à luta, à mudança, à dedicação, para que cada dia seja a prova de que o amor recompensa. Só o amor é capaz de esboçar grandes sorrisos, ajudar-nos a desenhar o nosso próprio destino ou encher a bagagem de quem há muito tempo caminhava sem recordações, sem memórias e sem esperança. Só o amor nunca nos deixa sozinhos, se lhe dedicar-mos parte do nosso tempo, se lhe dermos parte de nós, metade do nosso coração. Qualquer que seja o futuro, haverá sempre erros, silêncios, arrependimentos e sofrimento, mas rir não é a solução. A solução é amar.
Toda a gente sonha com um príncipe encantado, um beijo perfeito, um amor incondicional, uma relação inocente e uma vida feliz. Exigimos que tudo isto aconteça dentro deste pequeno mundo. Sonhamos desde cedo e lutamos para que se realize, mas no final... ganha quem espera apenas. Quem se senta, de braço dado com a vida, com muitas expectativas e poucos planos, sem medos nem receios, sem esforço. O amor está destinado aos pacientes, aos donos do silêncio, do descanso e da coragem muda e despida que, apesar de escondida, consegue encher um coração apaixonado, vazio de memórias mas repleto de emoções. Ultimamente, eu estou a viver aquilo a que gostam de chamar de conto de fadas, sem efeitos, sem repetições, sem mentiras nem imperfeições. E tudo o que fiz foi esperar. Deitar-me sobre os sonhos, encher-me da tal coragem muda e esperar, acreditando sem nunca procurar. Imaginei mil e uma histórias, mil e um finais, até que tu apareceste: doce recompensa de quem ama em silêncio, encorajado pelo desejo de ser que aquilo a que chamo de príncipe encantado.
Já passou quase um ano. Muitas memórias, tempo perdido, palavras esquecidas e longos silêncios. Os nossos corações perderam-se no mundo. Desperdiçamos lágrimas e saramos feridas, percorremos sentimentos sumidos e almas quebradas. Foram mais as despedidas do que as vitórias, mas no final, o teu amor venceu. Estivemos perto do paraíso, mas ainda mais perto da realidade, rimo-nos mil vezes da mesma piada e choramos em leite derramado. Dissemos palavras sem significado e fizemos promessas que nunca cumprimos. Perdemos a noção do tempo e do espaço, caminhamos por lugares vagos e sem qualquer existência. O teu rosto pálido e o meu corpo estreito e cansado estavam entregues ao destino. Vivemos aquilo a que chamamos de primeiro amor embora nenhum de nós saiba realmente o que isso significa. Se perdias a voz, eu cantava para ti. Se caías, eu caia contigo, incapaz de fugir ao prazer imediato, ao amor impaciente e inquieto. Somos fruto do acaso, alheios à mudança. Viciados em emoções. E mesmo agora que não te vejo, continuamos ligados, pelo passado, por todos os planos que fizemos para o futuro. Vou ter saudades. Sem ti, eu não estou a viver. Estou apenas a matar tempo.
E começa aqui o que posso chamar de nova etapa. Não é uma despedida, mas sim um recomeço. Descobri como é melhor viver com os pés bem assentes na terra e a cabeça nas nuvens. Aprendi, neste últimos tempos, que toda a gente nos vai magoar, e nós só temos de encontrar aquelas pessoas pelas quais vale mesmo a pena sofrer. Amar alguém é querer o melhor, é sonhar e proteger. É dar a mão quando é preciso, e soltá-la quando assim tem de ser. Por mais que nos custe. Porque aqueles corações que nos pertencem realmente, não partem sem regresso.
Descobri que nunca vou entender, na verdade, o propósito de estar aqui, mas agradeço por tudo o que tenho e por todas aquelas pessoas que entraram na minha vida. Mesmo aqueles que, por algum motivo preferiram não ficar, fizeram de mim aquilo que sou agora. E quando a chuva passar, não vão sobrar mais lembranças, não vão correr mais lágrimas nem existiram mais corações partidos. Todos temos a nossa chance de mudar tudo. E hoje chegou a minha.
Nunca damos valor àquilo que temos. Pedimos sempre mais do que aquilo que realmente precisamos. Exigimos mais do que aquilo que merecemos. E quando as coisas acontecem, começamos a questionar-nos se deveriam ter acontecido dessa forma. Damos conta do que perdemos e do que deixamos para trás, daquilo que foi nosso e que agora são apenas (breves) memórias. Vivemos a vida sempre com o sentimento de que algo nos falta quando, na verdade, apenas não sabemos o que é realmente nosso. Questionamos o amor simplesmente porque não o entendemos, e quando damos conta, a vida não esperou por nós. Envelhecemos sem dar luta, desejando ter o que nunca nos fez falta. É tarde para voltar atrás, pois prometemos o que não estava ao nosso alcance, e ficamos tempo demais a tentar descobrir o que nos faltava, a tentar perceber se tomamos a decisão acertada.
A vida nunca é como nós queremos. Começamos a dar importância a coisas que pouco ou nada importam e quando damos conta, o amor escorrega-nos pelos dedos e caímos no abismo. Deixamos de acreditar naquilo com que vivemos até hoje. É um ciclo vicioso, mas quando menos esperamos, alguém nos estende a mão por entre os escombros e deixamos de sentir aquele vazio. Algo nos preenche com mais do que palavras, com amor. Amor que julgávamos perdido, e a vida volta a fazer o mínimo sentido. Mas a dor que carregamos connosco, continua lá. Continua a magoar, a deixar o nosso coração apertado, sem espaço para deixar alguém entrar. E eu sempre quis que tudo permanecesse como estava, mas os sentimentos perdem-se e as pessoas mudam. E agora, o desenlace da história está perto. Sufocada em desejos e coberta de sonhos, já não arranjo forças para correr atrás de ti e pedir que fiques.